Chamado missionário, eu?
“E, chegando-se Jesus,
falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto ide,
fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e
do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu
vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação
dos séculos. Amém.” Mateus 28.18-20
Porque lemos este versículo diversas vezes e ele
nunca tem o impacto que deveria ter sobre nossas vidas? É como se não déssemos a devida importância para uma ordem dada por
Jesus, o próprio Deus.
O que conseguimos extrair
dessas palavras deixadas por Jesus a nós?
Jesus inicia sua fala
dizendo: “Toda autoridade me foi dada nos céus e na terra” em seguida ele nos
dá a ordem: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações”, sendo assim,
Jesus tem toda autoridade, sua ordem é clara e expressa, devemos obedecer
aquele que detém todo o poder. E finaliza com: “e eis que eu estou convosco
todos os dias, até a consumação dos séculos”. Mesmo detendo todo poder, Jesus
não deixa de ter um relacionamento pessoal com cada um de nós e nos capacita
para que cumpramos sua ordem (1Pedro 5.10).
Em 1 Pedro 5.10 diz: “Ora, o
Deus de toda graça, que em Cristo vos chamou á sua eterna glória, depois de
terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar,
fortificar e fundamentar”. Deus concede a nós força e ajuda suficientes para
toda situação e necessidade.
Deparamo-nos então com essas
verdades: através de Jesus somos filhos de Deus (João 1.12) e por isso devemos obedecê-lo.
Nesta caminhada de obediência não estamos sozinhos, pois o próprio Deus nos
capacita a sermos obedientes.
Mas a pergunta é: O que
temos feito para obedecer à ordem do ide? Será que temos exercido nosso papel
de filhos, e dessa maneira então sermos capacitados pelo pai? A Bíblia afirma
que somos edificados em Cristo (Efésios 2.20) e que devemos ser transformados
pela renovação da nossa mente, não cometendo mais as mesmas atitudes da nossa
antiga vida (Romanos 12.2). Mas essa transformação só é realizada a partir de
uma vida de relacionamento e busca por Deus. “Toda ação tem uma reação”, assim
também é em nossa vida espiritual, quanto mais buscarmos a Deus, a santidade e
a piedade, o Espírito Santo nos moldará, para que fiquemos mais parecidos com
Jesus, e demonstremos sua glória através de nossa nova vida. Porém, se deixarmos
nossa caminhada com Deus de lado e deixarmos de buscá-lo, consequentemente não iremos
nos parecer mais com ele e assim não seremos capacitados e renovados pelo Pai.
Isso gera uma série de
consequências em nossa vida, pois nossa falta de relacionamento profundo com
Deus faz com que não geremos os frutos do Espírito (Gálatas 5.22). Sem esses
frutos somos pessoas mais frias e apáticas para as necessidades do outro. Sem
relacionamento com Deus, deixamos de ter experiências, e então deixamos de
testemunhá-lo. Ou seja, não cumprimos a ordem do Ide. Não exercemos nosso papel
como filhos gratos pelo amor de um Pai que nos redimiu e salvou. Nossa
motivação por buscar a Deus deve vir de um coração que entende que se não fosse
seu amor e misericórdia através de Jesus Cristo, nós não teríamos esperança e
perspectiva de vida, mas seríamos mortos eternamente. Devemos entender que a
crucificação de Jesus nos trouxe paz com Deus (Colossenses 1.19-20) nos abriu
os olhos para que soubéssemos que nossa vida na terra é passageira. Somos
peregrinos (1Pedro 2.11) e fomos escolhidos e colocados aqui com um propósito e
missão (Rm 8.28): anunciar Jesus a todas as pessoas. Anunciarmos nossa
esperança, contarmos as boas novas para os aflitos, testemunharmos que o
perfeito amor existe (1Co 13).
A mensagem da Cruz é a
solução para o mundo e nos foi incumbido por nosso Pai que devemos anunciá-la.
Que possamos buscar ser renovados em Deus, para que nossa vida glorifique a Ele
e dessa maneira ele seja reconhecido através de nossas atitudes. Que nosso
comportamento demonstre a Cristo e isso nos abra portas para anunciarmos o
evangelho, seja no nosso trabalho, universidade, escola, casa, ou até mesmo em
outro país atuando em uma missão. O ide começa hoje, agora. E mesmo que as
circunstâncias ao nosso redor estejam difíceis para anunciar, a Bíblia nos diz
que devemos falar em tempo oportuno, ou em fora de tempo: “Prega a palavra,
insiste a tempo e fora de tempo, aconselha, repreende e encoraja com toda
paciência e sã doutrina” 2Tm 4:2. Que possamos nos
lembrar que Deus irá nos capacitar a isso, se o buscarmos de todo nosso
coração. (1Pe 5.10; Jeremias 29.13).
Por: Caren Vasconcellos.
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