O CUIDADO PASTORAL DE PAULO COM OS COLOSSENSES



COLOSSENSES 2.1-7
O CUIDADO PASTORAL DE PAULO COM OS COLOSSENSES


Nesta porção de sua carta, Paulo demonstra de muitas maneiras o seu cuidado pastoral para com a igreja em Colossos; expresso em sua luta de oração em favor deles; na preocupação com os falsos ensinos que penetraram na igreja; no seu interesse e cuidado com a situação espiritual da igreja, e no encorajamento para o seu crescimento e perseverança.
O NT nos mostra em várias lugares que o ministério pastoral de Paulo consistiu de uma intensa vida de oração e intercessão em favor das igrejas e dos irmãos que ministrara a Palavra (Ef 6.12, Fp 2.25; Cl 1.29; 4.12; 1 Tm 4.10; Filemom 1.2; 2 Tm 4.7).
Paulo também demonstra esta solicitude pastoral até mesmo por aquelas igrejas que não fundou e por irmãos que não conhecera pessoalmente. Esta “luta” se expressa nas orações, cuidado e nas cartas (cf. Cl 4.16; Ap 3.14-22 ver 4.13).
Esta batalha em oração visava o conforto e ânimo de seus corações e a sua unidade em amor (cf. 3.14); bem como para que desfrutassem da riqueza espiritual advinda de uma convicção do entendimento e plena compreensão acerca da pessoa e obra de Cristo – o mistério de Deus (cf. 1.26,27); (Fp 1.9; Cl 1.9-10; 3.10; Filemom 1.6; 2 Pe 1.2-3; 3.18; 1 Ts 1.5).
Paulo estava interessado em transmitir àqueles irmãos a riqueza da graça que eles tinham em Cristo Jesus. Paulo fala em “riqueza do conhecimento de Deus” – ao referir-se às grandezas que recebemos e desfrutamos em Cristo pela sua graça. Em Cristo Jesus se encontra todos os tesouros que precisamos da sabedoria de Deus e do conhecimento de sua vontade (Rm 11.33; Ef 1.7, 18; 2.7, 3.8, 16; Fp 1.27).
 Ao contrário do ensino herético dos falsos mestres de que Jesus Cristo era apenas um mediador e uma fonte de revelação entre muitos, Paulo demonstra que Cristo encarna no íntimo do seu Ser todos os atributos da divindade representados naqueles elementos  do seu relacionamento com os homens – sabedoria e conhecimento – (cf. 1 Co 1.24, 30; 1.5; 2 Co 4.6; Ef 1.17; 4.13).
Em seu cuidado pastoral Paulo demonstra também muita preocupação com os ensinos heréticos que os mestres do erro estavam propagando naquela igreja. Nos v. 4-6 ele adverte aqueles irmãos para que não se deixem enganar pelos argumentos mentirosos dos falsos mestres (cf. 2 Co 10.5).
Mostra também no v. 5, que mesmo distante deles fisicamente, se alegra com as boas notícias a seu respeito no que tange boa ordem que havia na igreja e a firmeza de sua fé em Cristo, apesar dos ataques constantes e sutilezas de grupo pernicioso dentro do corpo. Ele se alegra e saber que apesar de toda aquela pressão dos hereges, aqueles irmãos zelavam pelo bom e ordeiro andamento da igreja e mantinham firme a sua fé em Cristo.
Finalmente, Paulo os encoraja no v. 6-7 a permanecerem nesta fé em Cristo, assim como eles a receberam quando da chegada do evangelho, e esta fé em Cristo determinar a sua caminhada cristã, estando nele arraigados, edificados e confirmados, da forma como foram instruídos, com um coração sempre grato a Deus.

Por: rev. Francisco Melo


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